Estou farta da portada aberta sobre o rio, da fragilidade pesada do edifício, ingrato à História. Farta, farta, que me agarres e me faças resvalar, no momento derradeiro do toque.
Então puxa-me o cabelo, aperta com força a minha cintura, dançante e submissa a ti e a esse gesto de posse, confiante, que fazes ao atrair o meu corpo para o teu. Então beija-me o pescoço e morde-me com vontade, contra a parede ou na varanda do prédio gasto e fraco, ou no vão das escadas, até no corrimão. Então faz-me perder totalmente a cabeça, num devaneio prolongado; liberta-me. Liberta-me desta loucura contida.
Já passou o nosso tempo, faço é questão de te avisar que recuperas o tempo perdido quando quiseres. E é nesta cidade, eventualmente nossa um dia, que me meto a pensar nestas coisas.
1 comentário:
Em Coimbra?
Há, outros tempos!...
Bjs
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