Assusta-me o valor do passado a pesar nas decisões do futuro. Tenho medo de um dia vacilar e retroceder para as cores mais claras no fuso cromático da vida, mas depois, quando olho para o meu quarto só me apetece avançar, avançar... Sabes, nunca percebi o que é que me prendeu a ti tão depressa e durante tantos anos e o que é que me faz ter medo de atirar no lixo o esqueleto que tenho no armário (és tu). É como se o meu quarto ainda cheirasse a ti, até eu mesma; este aroma doce, seco, viciante que não quer sair e eu não tenho coragem de expulsar. Já arrastei mil velas, mil incensos (e tu sabes quais foram), mas nenhum é mais forte que o teu - sinto-os a dissiparem-se ao poder do teu.
Continua a haver uma incógnita nesta equação, e nenhum de nós sabe qual é.
1 comentário:
Querida Sara!
Então não conhece o carácter provocador da sua prof.ª?
Ainda bem que aprendeu a postura crítica. Deveremos tê-la sempre, mesmo que um sábio - consagrado pelos milénios - nos fale!
Beijito
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