2 de setembro de 2013

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinicius de Moraes


Arrifana, Costa Alentejana 2013

4 comentários:

Ana Tapadas disse...

Que saudades me traz este poema...
Claro que adorei.

Beijinho

Ana Tapadas disse...

Um beijinho Sara e bom recomeço também para si!

vieira calado disse...

Boa noite!
Esta a minha 1ª visita, creio.
O blog é bom!
Saudações poéticas!

Fernando Santos (Chana) disse...

Excelente poema e fotografia....
Cumprimentos