O pôr-do-sol que fica para trás, na ânsia de voltarmos para agarrá-lo, desvanece-se no pensamento à velocidade de um breve instante, e eis que já fitamos, de novo, outro rosto que não vemos, outro pensamento que não adivinhamos, outros modos que não reconhecemos. Na verdade, somos tão frágeis como qualquer outra paisagem que foge lá fora, e saíndo do comboio seremos seres tão breves e esquecidos quanto elas. Depois, somos só pessoas de novo - mecânicos. Nunca chegaremos a ser tão genuínos quanto eramos no comboio...
Frágeis, dúbios, perdidos e inconformados, pesados - somos nós, as pessoas.
![]() |
Pista da Ladeira (2011) |
2 comentários:
Muito bom.
Linda foto.
bjs
a tua escrita brota simplesmente. bela, sempre muito bela.
Enviar um comentário