A simetria dos teus olhos despertou em mim todo o selvagem que me ocupa. O sentido não faz sentido, o teu olhar não é assim tão peculiar. Reflectido nesse mel (de fel) vejo que me amas, que me inebrias, danças-me na íris, quebras-me o peito.
O sentido não faz sentido, o teu olhar não é assim tão peculiar. Escondes de mim esse tumulto, arrefeces as mãos enquanto te esqueces morbidamente que um dia arderam de pecado, perdidas noutros tempos, corpo afora.
O sentido não faz sentido, o teu olhar não é assim tão peculiar. Entende que sou mulher, que o desgarrar do ventre em nome do amor não me dói. Entende que preciso da morfina que carregas nesse teu desejo escondido, para acalmar esta paixão desmedida.
2 comentários:
Texto apaixonado, sim. Mas atenção que o amor-paixão pode consumir.
bj
Há olhares enganadores!...
Saudações poéticas
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