Não sei onde é que vou parar um dia às custas desta minha impulsividade nata, se fui eu que voei alto de mais e me tornei numa criança mimada quando descobri que nada do que construí era real, não sei. Se esta minha revolta e dificuldade em aceitar a vida tal como ela é, cheia de pedras e de armadilhas, é infantil, peço, antes mais nada, desculpa a quem eventualmente possa magoar.
Se eu fui assim tão irresponsável e irracional e se o preço que tenho a pagar por isso é este, prometo que vou abraçar os erros que cometi e aceitar as consequências sem protestar. Por enquanto ainda não tenho certezas de nada, nem sequer formulei hipóteses, mas é com um comportamento explosivo que presenteio todos aqueles que me desiludiram. Lamento muito que os meus ódios recaiam sobre quem mais gosto e que seja necessário dar este abanão ao mesmo tempo que recebo um, mas independentemente de tudo deixo claro que gostava, do fundo do coração, ter a capacidade de perdoar pormenores exíguos como este.
Apesar de alertada nunca tinha sentido o peso da vida nas costas, nunca tinha realmente pago nada do que fiz, de bom e de mal. Se é fácil? Mentira. É sobre-humano. Não é díficil, é sobre-humano.
Peço desculpa por não perdoar o perdoável.
Sem comentários:
Enviar um comentário