30 de outubro de 2009

Estou doente. Estou doente de ti e de mim. Doente de viver neste sadismo latente, de resistir aos teus empurrões constantes para depois me puxares outra vez com uma força atroz.
Doi-me o corpo de me bateres com as palavras que projectas em chamas, e com as pontas envenenadas. Estou tão doente que já não sei escrever sobre ti, nem sobre mim - já não sei escrever. Não consigo, de forma alguma, desatar o nó que dei no saco e sinto-me cheia, prestes a rebentar, com tudo entalado na garganta. Qualquer dia asfixio à tua conta e depois não chores, quando perceberes finalmente que, pela primeira vez na vida, eu sou um desejo perdido e sem retorno.
Sinto-me cansada, e é por isso que juro por Deus, ou por qualquer coisa que esteja acima de mim, que nunca mais te tento recuperar.
Três anos é demais, tem paciência.

4 comentários:

Palha disse...

Um texto um pouco triste, mas bem escrito (as always)

:) ********

Ana Tapadas disse...

Bom texto, mas concordo com o «Palha». Vamos alegrar essa tristeza.
beijito

Maria disse...

adoro os teus textos, badalhoca. e quando quiseres conversas daquelas, já sabes *

vieira calado disse...

Há sempre um momento em que se deve começar a esquecer....


Bjs