27 de maio de 2009

Continuo a abrir portas, a caminhar depressa e sem tempo para parar e falar dois minutos com alguém, mas os trilhos por onde eu ando estão cheios de gente como eu, igualmente concentradas em prosseguir, com a coragem e o alento a correrem-lhe nas veias. É com eles que eu me cruzo, numa relação de oláboatarde e adeusquetenhoqueir, na pressa de chegar primeiro, antes que alguém se cruze no meu caminho.
Tenho pena de tudo o que preciso de deixar para trás, não posso exigir a ninguém que me dê aquilo que eu recuso dar. Chamem-me egoísta, mas o meu futuro é Ali. Mas depois estás cá tu, como um suporte latente na minha curta mas promissora existência. A amparares-me as quedas, a virares-me a cara a frases cruelmente projectadas, a calares-me a boca a respostas ao que não merece ser, sequer, considerado.
Não nego que o mundo me assusta,  com aquele peito gigante contra mim. E eu sem escudo, sem espada, nem armadura - só contigo.

1 comentário:

Ana Tapadas disse...

Devagar...para chegar depressa, garota.
bj