Sempre imaginei uma lua redonda a entrar-me pela janela e a traçar os contornos do nosso corpo à média luz. Não sei se esta noite a lua está cheia, mas sei que me inundou a alma e, de certa forma, realizou o cliché básico de um romance. Fugaz ou não.
Queria que me levasses, devagar, escada acima e que me tirasses, um a um, os farrapos da minha vergonha. Que me despisses de preconceitos e de mentiras. De medos, de corvos e abutres.
Queria equilibrar desventuras, porque já chega delas. Mutuamente cúmplices de desejos atirados às feras e quem quiser que os páre. Queria que fizesses juz ao sentimento que veio não sei de onde, não sei com o quê.
E tu fizeste.
1 comentário:
Bom texto.
bj
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