O meu corpo suplica pelo teu, dissimulado de um outro sentir, nem se lembra que há mundo para além dos delírios. Perdemos os dois o compasso do bater do coração, mas não o ritmo de investidas, às vezes lânguidas, acordadas a cada tentação imposta pelo desejo.
Agarrada a uma carne que não é minha (é tua), confia em mim - não me esqueço de cravar nas tuas costas a marca de uma revolta quase dissimulada, apenas fervorosa no seio da nossa paixão.
Os amantes correm o mundo, o mundo corre por eles e o segredo afasta da razão, só, num devaneio, a compreensão de um presente quase irreal. Continua a ouvir-se o baque cadenciado de uma certa madeira na parede, uma porta fechada, um quadro quebrado, uma lágrima derramada, um lençol suado, um derradeiro suspiro. Só.
1 comentário:
"O meu corpo suplica pelo teu". Eu sei, Sara xD
"Continua a ouvir-se o baque cadenciado de uma certa madeira na parede, uma porta fechada, um quadro quebrado, uma lágrima derramada, um lençol suado, um derradeiro suspiro. Só."
Gostei :) ainda vais ser uma escritora de sucesso xD
** ^^
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