27 de novembro de 2010

L'attente

Acordei por volta das 10 - cama vazia, t-shirt comprida, febre desmedida. Trinquei uma maça, fumei um cigarro e deixei-me ficar: pernas em cima da mesa, olhar perdido pela janela. Queimei quase um maço. Tenho fumo até à cabeça. Vejo-me ao espelho - vermelho esborratado nos lábios, preto esquecido nos olhos; cabelo desalinhado. Blues na aparelhagem, dança quente - melancolia/nostalgia. Bebo vinho sem fim. Nem sinais de ti. Ouço o vento forte, é necessário senti-lo. Arrepiam-me os poros.
Um: a porta do prédio abre-se. Dois: Ânsia. Três: O elevador sobe. Quatro: 7º andar. Quinto: Era para a vizinha do 7º direito. Sexto: Merda.
Desfaço-me em angústia. Sinto-me bem nisto - nada faz sentido. Tudo turvo. Decido sair (jardim, livraria, café, caderno, casa). Fadiga, cansaço, desejo, paixão - Chegaste.

Não imaginas o poder de uma mulher.




1 comentário:

Ana Tapadas disse...

Só esta Sarinha!
Beijinho