Inclino-me sobre esta minha existência torpe, e revejo-me num ser profundo e aniquilado de mim próprio por todas as crenças e sentimentos que dançam extasiados, pelos fios enlaçados da minha mente. Liberto-me de toda esta desordem sob a forma de uma alma, velha, sempre a mesma e tão subtil - encarrego-me de caminhar, vazia, subjugando à minha passagem a calçada gasta, enquanto penso no quão arriscado é cruzar-me com os pedaços frágeis da tua memória.
Olhando para o chão sei distinguir-me algures por aí, e à beira de cada recordação minha, choras tu; abraçado ao coração, de punhal nas costas, desvairado de todo o sentido; ao lado os papéis amachucados da razão, da lógica, do parecer - só tu, verdadeiro, infeliz nesse acto de suplicar.
O silêncio quebra, as mãos escorregam, a memória dissipa-se e tu descobres que a primeira dimensão da alma é aquela que vai de ti a ti próprio. A segunda transcende, e morre-te nas mãos.
Olhando para o chão sei distinguir-me algures por aí, e à beira de cada recordação minha, choras tu; abraçado ao coração, de punhal nas costas, desvairado de todo o sentido; ao lado os papéis amachucados da razão, da lógica, do parecer - só tu, verdadeiro, infeliz nesse acto de suplicar.
O silêncio quebra, as mãos escorregam, a memória dissipa-se e tu descobres que a primeira dimensão da alma é aquela que vai de ti a ti próprio. A segunda transcende, e morre-te nas mãos.
3 comentários:
Vamos abrir o olhar à Primavera e lutar, a fundo, pelos objectivos.
bjs
"(...) a memória dissipa-se e tu descobres que a primeira dimensão da alma é aquela que vai de ti a ti próprio. A segunda transcende, e morre-te nas mãos."
adoro. beijinho
adorei *.*
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