24 de fevereiro de 2010

Olhava fixamente a janela. Perdida na paz do céu escuro, que espreitava por entre as frestas de luz que os contornos do teu corpo não quebravam, e no fumo do cigarro a perder-se por entre o quarto.
Olhava fixamente a janela. E a tua presença inebriante só me metia zonza, e não me deixava escorrer o mais milimetrico dos pensamentos; e a indolência ávida da nossa existência, que me matava a cada segundo a mais que o tempo contava.
Olhava fixamente a janela.

2 comentários:

Ana Tapadas disse...

Está quase na poesia.
beijinho

Maria disse...

adoro o que escreves, anormal. beijinho