Recados, somos recados. Ficamos esquecidos entre um almoço apertado e uma agenda lotada, porque há responsabilidades que se impõem todos os dias e a nossa conversa é adiada até já não fazer sentido. As palavras que antes eram angústia e necessidade, agora são meros farrapos que ainda perduram da nossa existência, e que se perderam algures no caminho que percorremos através do tempo desde que nos ignoramos.
Se por imposição do destino precisar ainda de me cruzar contigo, conservo a vã esperança de ter coragem para te dizer tudo o que ficou escrito e não publicado. E a cada frase proferida, num recurso oco à linguagem e ao estilo clássico, carregarei de exclamações e interrogações o meu discurso, enfatizando a morte trágica que nos avizinha, para depois nos fazer cair à conta do derradeiro momento numa interjeição perplexa de amor eterno - arrastados até ao vazio, para nunca mais lembrarmos a fina linha que nos juntou um dia.
3 comentários:
não me farto de ler o que escreves, parva :P beijinho
Bom texto minha menina! (um errito, mais racional...a crise está a passar!
Pois...queremos outra nota! Você é a minha esperança nacional!
Beijinho
Não sei se o meu comentário entrou...
Outro beijo
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