7 de junho de 2010

Doença


Eu amo-te desta maneira toda descontrolada que me mete doente e me desvia do caminho. Tenho pressa de te chegar não sei onde e então esqueço-me do mundo lá fora para me perder no embrulho que as nossas pernas fazem debaixo dos lençóis da cama. O branco do quarto envergonha-se de nós, mas continuamos neste vaivém sincronizado, horas a fio, até os nossos corpos não terem nem mais uma gota de suor para largar e os músculos, contraídos, se torcerem em dores lacerantes.
E é nesta doce agonia que consigo ver a alma abandonar-me o corpo, para se abrigar nesse teu corpo infernal de espinhos e chagas abertas.

2 comentários:

Maria disse...

já tinha saudades, gorda :)

Ana Tapadas disse...

Minha linda:
Texto muito emotivo e libidinoso...
Veja se se prepara para a «festa» e arrasa!
bj